Também aprendeu a fazer birras, quando a gente não facilita muito as coisas, tipo quando ele quer colocar o dedo na tomada ou jogar o aparelho de telefone no chão, se joga e esperneia fazendo um auê!
Ontem foi um dia cansativo que tudo que mais queria era descansar e não pensar em mais nada, mas... como mãe não tem mais dessas coisas, meu domingo foi só correndo atrás do Pitico. A farra que ele mais gosta agora é ir engatinhando em cima da cama até a beira e tentar subir se apoiando em um sofá próximo para pegar uma caixa de fraldas, quando eu falo "Davi, não pode!" ele olha pra mim com aquele sorrisinho malandro de quem sabe que está fazendo uma travessura, não dá a mínima importância e continua.
Davi, póoode parandoooo, e o tiro dali colocando sentado na cama, e eis que a "BIRRA" aparece, grita se esperneia e vai de novo tentar pegar a bendita caixa, Davi, mamãe já falou que não podeee! (já sem uma certa paciência) coloco sentado na cama de novo, e sem esperar, ele se joga pra frente fazendo eu só escutar um barulho, uns 3 segundos de silêncio e .... choroooooo! Bateu a testa com muita força na madeira da cama.
Eu pude sentir a dor naquela hora, peguei ele no colo sem saber o que fazer (nessas horas deleta tudo) e só pude ver um corte, um roxo e um galo... O que eu faço agora, ligo pra minha mãe, ligo pro Gabriel, ligo pro SAMU???? (pra ajudar estava sozinha em casa).
Saio correndo pro tanque, passo água sei lá porquê, talvez porque gelo naquela hora não ia rolar, tento falar mansa com ele pra acalmar, mas o choro alto não deixa ele me ouvir, quero poder passar a mão e tirar aquela dor.
Imagino e acabo sentindo a mesma dor na minha testa, deve tá doendo muuuito, será que é melhor ir pro hospital?
Saio pro quintal pra tentar fazer ele se distrair, minha gata aparece no telhado e aponto pra ela, Olha filho o gatinho que lindo!, o choro vai diminuindo e se misturando com a curiosidade, mais ainda continua só que mais controlado, e meu coração vai se afrouxando..
Com o fim do choro e eu mais aliviada, entro em casa, sento no sofá e ele já aninhado no meu colo com o dedo na boca demonstrando cansaço e sono, aproveito e tento colocar gelo, ele resmunga e se agita, olha pro lado e disperta, sem lembrar da dor dos últimos 20 minutos atrás, foge do meu colo eufórico e sorrindo pra mais uma travessura, poder pegar o telefone que está ali bem pertinho de suas mãozinhas.
Meu coração suspira aliviado e feliz de novo, e saio correndo atrás dele!
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