Eu falo pra quem quizer ouvir, se eu soubesse que ser mãe era tão bom, tinha providenciado o herdeiro bem antes, rs!
As transformações começam no momento da confirmação da gravidez, as transformações do corpo, do humor, das emoções e da alma.
Você é empurrada pro meio do
Você é bombardeada de informações que vem das mais inusitadas fontes, família, vizinhas, amigas, colegas de trabalho, a desconhecida do ônibus, a vendedora de pastel....
Você ouve o que deu certo pra uma, o que foi bom pra outra, o que você deve comprar pro enxoval, o que é desnecessário, que parto é melhor, e por aí vai, e vai longe!
Você também é massacrada de perguntas, sobre qual nome você escolheu, se já pensou no tipo de parto, se vai colocar na creche quando tiver que voltar a trabalhar.... Peraí, mal a ficha de "estar grávida" caiu, e já tenho que pensar em tudo isso?
Muitas vezes me senti sufocada, e ainda em certas situações continuo me sentindo.
Cada qual do seu jeito, cada qual no seu tempo de digerir as mudanças.
E eu particularmente sou a do tipo que degusta devargar, bem devagarzinho, tenho aversão á ter que se adaptar em viver na velocidade da luz.
Sou simpatizante da época em pra se ter um bom molho de tomate, eles eram cortados um a um e esquecidos por horas na panela em fogo baixo.
Nunca cuidei de criança, nem pegar um bebezinho eu pegava, morro de medo, parece que vai quebrar de tão frágil que é.
E por isso as pessoas sempre me perguntavam "- E quando você tiver que pegar seu filho?".
Oras, será "meu " filho, eu vou pegar porque ele é meu, é um pedaço de mim nas minha mãos.
E foi assim que aconteceu, Davi nasceu e eu o segurei, claro que sem muito jeito, mais o peguei sem medo.
Aprendi a trocar fraldas, aprendi á dar banho, tudo devagar e com muito cuidado e zelo.
Segui conselhos que achei coerentes, como também descartei outros que achei não ser necessários.
Pesquiso, pergunto, me informo, sigo meu instinto, e faço tudo aquilo que está dentro das minhas possibilidades e de acordo com os valores que quero passar á ele.
Esse é meu momento, momento de descobrir um novo mundo, e de me descobrir.
Se tenho referências?
Claro, e quem não tem? Quem muitas vezes não se pega fazendo a mesma coisa que as nossas mães faziam?
Mais eu tenho o meu prório jeito, as minhas próprias manias e preocupações, eu sou eu.
Se faço certo, ou se faço assado? Não sei, você sabe?
Eu quero mais é descobrir!
Posso?